quinta-feira, 9 de abril de 2015

Como evitar o vidro de tinta virar na mesa

Sabe aquele vidrinho de tinta que  cisma de virar na sua  mesa  e  sujar tudo, inclusive o modelo que estava quase pronto?



Pois é  tem  um macete molinho pegue  uma esponja  marque  um circulo no mesmo diâmetro da base da maioria de seus vidros de tintas  e recorte ele, depois basta usar  ele como protetor  de seu vidrinho, vide foto.

Se você  quiser melhorar  a ideia compre  uma esponja de  cozinha do modelo alto e  faça o mesmo, e depois recorte  uma madeira no  mesmo diâmetro, e cole a base  dura da esponja na madeira.

E se  ficar muito suja jogue fora e refaça, simples assim.




sexta-feira, 3 de abril de 2015

O Comendador Peixoto

O Comendador Peixoto


Uma parte da história de Penedo – época de progresso – o navio Comendador Peixoto, encontra-se até hoje embaixo das águas do Velho Chico, por onde o maior navio de passageiros navegou. Ironia do destino; quem o viu passar por sobre as suas águas hoje o mantém escondido diminuindo a beleza da nossa cidade.

O navio a vapor Comendador Peixoto foi construído na Inglaterra para o rio Amazonas de foi trazido para Penedo para a Companhia de Navegação Peixoto, vindo a fazer parte da navegação do Baixo São Francisco, interligando o porto de Penedo até Piranhas, última cidade ribeirinha em condições navegáveis para o porte – calado – da embarcação.

O Comendador Peixoto, era um navio de ferro, portanto de grande calado – parte submersa –, entretanto em função das grandes cheias anuais e, do não assoreamento do São Francisco, a navegação no Baixo São Francisco era de grande fluência de lanchas, Tupan, Tupigy e Tupy da empresa fluvial Tupan, da família Barreto da cidade de Neópolis/SE, canoas de tolda, e chatas que faziam o transporte de passageiros e cargas entre Piranhas e Penedo.

Dotado de camarotes e alas de passageiros, ainda com espaço reservado para carga, o navio traduzia a pujança do Penedo desenvolvido.

    

Em 13 de dezembro de 1960, totalmente reformado no estaleiro da Fábrica da Passagem, O Comendador Peixoto foi festejado em sua volta às águas, mas já encampado pelo governo federal para prestar serviços à antiga Comissão do Vale do São Francisco.

Nas festas do Bom Jesus dos Navegantes o navio Comendador Peixoto foi durante sua estada flutuante o rebocador das canoas de toldas que por anos conduziam a imagem do santo padroeiro dos pescadores, seguido por centenas de outras canoas e embarcações de pequeno porte, embelezando ainda mais a mãe natureza dividida entre as margens do caudaloso São Francisco e as suas águas ora barrentas ora esverdeadas anunciando a profundidade dos locais dos imensos canais.

O carvoeiro e foguista Luiz de Santana – seu Lulu – in memoriam, deixou registrado que eram necessárias 35 toneladas de lenha para cada subida e descida nas viagens entre Penedo/Piranhas e Piranhas/Penedo.

O Comendador Peixoto é parte da rica história do Baixo São Francisco. Não merecia nem deveria estar escondido em baixo da águas  
O Comendador Peixoto é parte da rica história do Baixo São Francisco. Não merecia nem deveria estar escondido em baixo da águas beijando a terra do porto onde sempre foi acolhido. É um duplo crime: crime por se encontrar escondida das novas gerações parte da nossa história e cultura e, crime por se deixar matar um passado. Povo sem passado é povo sem berço cultural.

O Comendador Peixoto afundou por conta de um grande furo no casco, no lado esquerdo da embarcação - sentido popa/proa - por onde houve uma grande penetração de água fazendo-o adernar para o lado do rio.

O único navio a subir e descer o rio São Francisco é hoje morada de peixes e por desrespeito de todos os gestores que passaram por Penedo depois de Raimundo Marinho que ainda tentou resgatar o velho navio, até hoje, só permitem que casco encoberto pelas águas receba da população penedense os dejetos in natura dos esgotos situados entre o Paço Imperial – Museu Raimundo Marinho – e o antigo porto da lancha da Passagem. Dura realidade do mundo selvagem e capitalista.

Em nossa opinião o Comendador Peixoto merecia melhor aposentadoria.

Por: Raul Rodrigues



 

  Festa de Bom Jesus sem a presença do Comendador Peixoto.

PROJETO Traineira Tenente Loretti


A embarcação Tenente Loretti, que serviu por muitos anos ao Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande. A embarcação, que levava do Rio os prisioneiros para o presidio nesta ilha.


Construída pelo Arsenal de Marinha em 1910, a Tenente Loretti começou a ser usada para o transporte de presos em 1946. Como fim do presídio, passou a servir à Defesa Civil. Teve a maior parte de sua existência a serviço da Ilha Grande, marcada por incontáveis missões de todos os tipos, tornou-se querido pela comunidade da Vila Abraão, conhecido em toda a Ilha Grande e também na costa continental.   o “Tenente Loretti”, um velho barco cargueiro, de madeira para navios da Marinha do Brasil (na época muitos barcos eram movidos a vapor e necessitavam de lenha), construído em 1910, pertencente a Marinha Brasileira a quem também servia no trabalho de suporte aos faróis e faroleiros da costa e ilhas do Estado do Rio, bem como na tarefa de destruição de cercos irregulares, montados por pescadores na baia de Sepetiba.


 
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Em 1937, o Tenente Loretti foi doado pela Marinha para o Governo do Estado do Rio de Janeiro, sendo transferido para a Ilha Grande onde operou no transporte de material e mantimentos para a construção do presídio de Dois Rios, direto da cidade do Rio de Janeiro para a Ilha Grande em viagens semanais. Aquelas árduas missões duraram até 1942. Nesse período sofreu alguns acidentes, colidindo com outra embarcação menor que foi ao fundo, sob nevoeiro e resgatando sua tripulação. Também quase naufragou algumas vezes sob severas condições do mar.


 
Na década de 70, não sabemos a data ao certo, foi transferido da Administração Penitenciária para o Corpo Marítimo de Salvamento – a corporação marítima do Corpo de Bombeiros, recebendo a sigla de L-37. Continuando baseado em Abraão, serviu ao presídio Cândido Mendes por longos anos, com viagens quase que diárias entre Ilha Grande e Mangaratiba, realizando o transporte de soldados, presidiários, mantimentos, combustíveis, máquinas, equipamentos e cargas diversas. Transportou muitos turistas e moradores da ilha. Nele morreram doentes em viagem para o hospital no continente e também houve nascimentos a bordo.




Nos últimos tempos em operação continuava servindo ao Corpo de Bombeiros, tendo participado de várias missões de salvamento e resgate nas costas da Ilha Grande.  Desde 2006 está aposentado e foi transferido em 2011 para a Prefeitura de Angra dos Reis, ainda flutuando, porém sem manutenção e atenção está atracado no cais Santa Luzia, no centro de Angra dos Reis.


Sua última missão foi o resgate de náufragos perto de Mangaratiba., em 2008. Depois , foi praticamente abandonada no Cais de Santa Luzia, em Angra. Dois homens ficam de vigília para bombear a água do mar que entra pelo casco precisa de manutenção.

PLANTA ADAPTADA AS SEÇÕES  DE CASCO SÃO IGUAIS